Homossexualidade

Viver é como amar: todas as razões são contra, e a força de todos os instintos é a favor. 



Samuel Butler


 Assim como a heterossexualidade, a homossexualidade é um estado mental. Não há nenhuma doença ou desvio de comportamento ou perversão, como se pretendeu provar até há algum tempo atrás. Mas não é raro encontrar pessoas que insistem nisso mesmo em meio aos profissionais de saúde.

 Em 1973 a homossexualidade foi retirada da lista de transtornos mentais nos E.U.A., em 1993 a O.M.S. retira o nome homossexualismo que dá idéia de doença e adota o nome homossexualidade.

 O termo homossexual e opção sexual não são adequados à situação atual. Um homoerótico (pessoas que se interessam por indivíduos do mesmo sexo) não escolhe ser gay, ele apenas é orientado (pela própria existência) a ser o que é.O termo correto é, portanto “orientação sexual”.
 Desde que o mundo é mundo o hemoerotismo existe. A diferença é ele não ser aceito pelas diversas sociedades. É a cultura que determina sua marginalização ou não.

 Na antiguidade a beleza dos corpos masculinos era valorizada entre os homens, que acabavam seduzidos uns pelos outros e se entregavam às paixões homoeróticas de corpo e alma. Assim aconteceu em Esparta, Alexandria, Roma e Atenas (entre outras).Uma peculiaridade da cultura grega da antiguidade é que o interesse entre os homens advinha da valorização da sua capacidade de pensar. Acreditava-se que as mulheres eram inferiores porque não tinham esta capacidade, portanto se destinavam apenas a reprodução. Em algumas ilhas do pacífico, o primogênito (desde que seja homem) é educado com hábitos femininos (vestimentas, funções e posição social) e orientação homoerótica, sendo normal e natural que se casasse com um homem.

 Segundo diversos historiadores, o primeiro texto poético foi criado por uma mulher chamada Enhduanna, filha do Rei Sargón I da Arcádia no ano de 2300 a.C. ela compunha canções em honra de Inanna a deusa do amor e da guerra. Em 630/ 650 a.C. já se teve a certeza da existência de Safo, uma poeta grega que vivia na Ilha de Lesbos. Os seus poemas e a sua aparência antes dos séculos posteriores fizeram surgir o termo “lesbianismo” que foi aceito internacionalmente para caracterizar o homossexualismo feminino.

 Durante o passar dos anos muitas evoluções e involuções aconteceram em geral por conta da Igreja que impôs restrições aos homossexuais de toda forma possível, até chegarmos aos dias de hoje.

 Bons argumentos têm o GGB (Grupo gay da Bahia):
“Muitos adultos sentem atrações ou tem experiências do tipo homossexual sem se considerarem eles próprios gays e lésbicas.”De acordo com o que entende o GGB, não é ainda conhecida uma causa para a homossexualidade ou para a heterossexualidade.
Uma das teorias refere a orientação sexual determinada da fase pré-natal. Outra defende que é determinada depois do nascimento, por fatores ambientais.Em qualquer dos casos, a orientação sexual é estabelecida numa idade muito precoce,”explica.

Os militantes do Grupo Gay da Bahia são ainda mais taxativos ao desenvolver o assunto da escolha da orientação sexual: descrever a homossexualidade como um simples caso de escolha, é ignorar a dor e confusão por que passam tantos homossexuais quando descobrem a sua orientação sexual.


É absurdo pensar que esses indivíduos escolheram algo que os deixam expostos à rejeição por parte da família, amigos e sociedade, Eles vão mais longe: a crença que a homossexualidade é uma escolha, esconde a elevada taxa de suicídios entre adolescentes atribuídos à orientação sexual. Por que iria um adolescente acabar com sua vida, se podia evitar a vergonha, o medo e o isolamento escolhendo ser heterossexual? Este preconceito também ignora todos os homossexuais que tentam viver a sua vida como heterossexuais, escondidos atrás de uma fachada de casamento, sempre sentindo um vazio e a falta de realização pessoal.